Sejamos francos, o uso do meme como forma de expressão vem crescendo cada vez mais e abrindo as portas para uma nova forma de comunicação, seja nas redes sociais ou no ambiente offline. Afinal, quem nunca chegou no trabalho em plena segunda-feira falando: QUERO CAFÉÉÉÉ! – com aquela entonação do vôzinho do café – que atire a primeira pedra.
O termo refere-se a conteúdos postados que, na maioria das vezes, são engraçados e possuem grande capacidade de compartilhamento. Eles podem ser vídeos, imagens, frases, ideias ou até músicas. Ou seja, meme é algo que acontece e ganha rápida adesão pelos usuários.
E se vocês estavam achando que meme era bagunça, se liga: o conceito vem do livro “O Gene Egoísta”, de 1976, Richard Dawkins apresenta o meme como uma representação evolutiva cultural, transmitida de uma pessoa para a outra. Ou seja, qualquer conteúdo viral (que se espalha na internet) pode ser considerado um meme, já que transmite uma ““““porção”””” de cultura humana em larga escala.
É Nazaré, a gente também não entendeu muito bem qual foi a do Richard. Mas, se está escrito quem somos nós pra contestar, não é não?
Um meme vale mais do que mil caracteres.
A Plataforma Gente, hub de estudos da Globosat, divulgou um estudo que identifica o papel do meme no diálogo digital dos brasileiros! Feito em parceria com a Consumoteca, o “In Meme We Trust” aponta qual o papel da linguagem como forma de comunicação, suas variações e as principais utilidades apontadas pelas pessoas.
O levantamento aponta que 85% das pessoas costumam curtir memes na internet. Eles são incrivelmente populares na faixa etária entre 16 e 29 anos, atingindo um percentual de engajamento de 95%. Ainda nos grupos de 30 a 45 anos, o recurso consegue um bom desempenho, com taxas de engajamento de 89% e 84%, respectivamente. Já entre os mais velhos, de 46 a 66 anos, o índice sofre uma ligeira queda para 75%.
Dentre algumas classificações do estudo para a importância do meme está o fato de que ele se reinventa com frequência. “Apesar de preservar referências comuns, é frequentemente alterado para novos contextos e significados. Diferente do conteúdo viral, o meme está em constante alteração.
Memes são virais, mas nem tudo que é viral é meme. Entendeu? É preciso ter um “Je ne sais quoi” para agradar os usuários.
Agora a Nasa vem.
Não é novidade para ninguém que o Brasil é o rei dos memes, literalmente. Nós somos os maiores produtores de memes do mundo e isso é um dom natural – sorry – mas parece que esqueceram de avisar isso para os portugueses e em 2016, eles se sentiram no direito de se apropriar do meme “in brazilian portuguese we don’t say” (em português do Brasil nós não dizemos), e é CLARO que nós não deixamos barato.
Os caras não tinham ideia de onde estavam se metendo ao copiar um meme brasileiro, e o resultado? A Primeira Guerra Memeal de nível internacional na internet. Os portugueses até tentaram, mas após 24 horas, foi decretada a vitória do Brasil. Vem tranquilo portuga, aqui é BR!
E aí, vai rolar?
Se você tem uma empresa que utiliza as redes sociais, como forma de divulgação, você com certeza já se sentiu tentado em usar um “memezinho” para fazer aquele famoso post de oportunidade, certo?
Afinal, a utilidade do meme vai muito além de gerar risada! Quando inserido em uma estratégia de marketing, seus principais objetivos são: melhorar o engajamento com o público da marca, atrair novos seguidores para a página ou perfil da empresa e aproximar a marca do usuário, trabalhando sua imagem e posicionamento.
Claro que é preciso considerar o perfil da empresa, conhecer o seu público, avaliar o tipo de negócio, o contexto e o mais importante: utilizar o timing certo! Pois, acredite os usuários percebem quando o post é forçado e isso pode acabar gerando uma má impressão para a sua empresa. Como já dizia o nosso querido grupo Revelação: deixa acontecer naturalmente!
O pagode tem que ser levado a sério cara, e o meme também. Então confira as grandes empresas que usaram e abusaram dos memes para promover a sua marca ou produto de uma maneira espontânea e interativa.
Pegando carona.
Lembra daquele episódio de Game of Thrones (GOT, para os íntimos e para os preguiçosos) que todos os personagens bebiam e celebravam a vitória sobre o Exército dos Mortos no lar dos Stark? Um “personagem” inusitado chamou a atenção na cena: um copo de café! – Starbucks tem franquia até em Winterfell? – e claro que os internautas não perdoaram e muito menos as marcas. Fala aí, McDonald’s!
Pouco tempo depois do McDonald’s anunciar uma parceria inédita com a Nutella para oferecer novos itens no cardápio, o Burger King não perdeu tempo – como sempre – e recorreu ao famoso meme ‘Raiz X Nutella’ para dar sequência à já tradicional guerra bem-humorada entre os concorrentes.
O meme faz referência à ostentação e “gourmetização” vinculada à Nutella, enquanto a versão raiz de um mesmo item é relacionada à originalidade e essência.
E aproveitando para promover as possibilidades de personalizar suas embalagens, a Coca-Cola decidiu criar um post com referências ao sucesso do momento em seu Twitter. “O nome dela tá em todo lugar. Se quiser, até na garrafa de Coca-Cola”, escreveu a marca.
A uber também entrou na brincadeira e a opção “Juntos”, que você pode compartilhar a corrida com outras pessoas, virou “Shallow Now”. Uma referência à música “Juntos”, versão brasileira de Paula Fernandes e Luan Santana da canção “Shallow”, de Lady Gaga e Bradley Cooper.
Parece que foi ontem, mas em 2012, Luiza, que estava no Canadá, esteve bem presente no país em uma avalanche de comentários, montagens, piadas e conversas. Tudo começou com uma propaganda em João Pessoa (PB) e acabou em outras.
É meus queridos, se um raio não cai duas vezes no mesmo lugar, os memes caem e seguem firmes e fortes para provar que na internet quase tudo é possível. Optar por trabalhar de uma maneira mais descontraída nas suas redes sociais, aliado a uma boa estratégia, pode servir como uma luva.
E se você está afim de mudar o seu negócio, você está no lugar certo. Entre em contato com a Mind7, fazer você mudar de ideia é com a gente mesmo. 😉